Mar, metade da minha alma é feita de maresia
Pois é pela mesma inquietação e nostalgia,
Que há no vasto clamor da maré-cheia,
Que nunca nenhum bem me satisfez.
E é porque as tuas ondas desfeitas pela areia
Mais fortes se levantam outra vez,
Que após cada queda caminho para a vida,
Por uma nova ilusão entontecida.
Mar
Sophia de Mello Breyner Andresen
Foto de António Malaquias, tirada algures nas Ilhas Selvagens
Sophia de Mello Breyner Andresen
Foto de António Malaquias, tirada algures nas Ilhas Selvagens
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